
Como uma flor vermelha
À sua passagem a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.
Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.
Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.
Sofia de Mello Breyner (1919-2004) foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999
14 comentários:
Belíssima poesia e escolha!1 beijos,tudo de bom,chica
Considero sempre óptimas escolhas quando se trata de Sofia.
Por alguma razão lhe foi conferido o "Prémio Camões"...
Obrigada pelas suas palavras expressas lá na minha «CASA».
Beijinhos
A Sophia, que bom... Obrigada.
Beijos.
Olá, Helia!
Com muito mérito, já ganhou um lugar na história da poesia Portuguesa, e de seguida no Panteão - honra mais do que merecida.
Bonito o poema escolhido, ainda que denso e não de fácil leitura...
Um abraço e obrigado pelo simpático comentário.
Vitor
Sofia escreveu sempre muito bem...
Abraço grande
Minha linda, juro que não sou um robot, rrrss
Olá Helia,
Tive oportunidade de ler alguns trabalhos dessa grande poetisa portuguesa em dois blogs amigos e gostei muito.
Bela escolha. Uma poesia bem intensa.
Beijo.
Que poema tão doce, Helia.
Beijos e muita paz!
A Sophia é indispensável, para quem gosta de boa poesia! Obrigada por este poema (e obrigada pela visita ao Quarteto!)
É sempre bom recordar Sophia.
Desejo que esteja bem.
Bj.
Irene Alves
Envio-lhe uma flor vermelha virtual, para alegrar sua alma no dia de hoje, helia.
Um beijo!
Não conhecia a obra, nem a poetisa. Muito bom, Helia; obrigado, boa semana!
Minha querida
Uma bela escolha. Adoro Sophia e este poema é lindo.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Excelente escolha poética.
Um beijo, querida amiga Hélia.
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