
CINCO QUADRAS DO ANTÓNIO ALEIXO
Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.
Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.
Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.
Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!
Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.
António Aleixo (Poeta Popular .1899.1949 )
7 comentários:
Que lindas.Gostei muito de ler! bjs, ótimo outono,chica
Muito actuais, as quadras. António Aleixo era um lúcido filósofo...
Beijo.
Olá, Helia!
Se há verdades sem tempo, esta é uma delas.E também sem lugar, nestes amargos tempos que correm...E para que tal estado de coisas depressa acabe, oxalá que a profecia dum homem simples e sábio possa ser cumprida em breve...
Um abraço
Vitor
Não conhecia o Aleixo, Hélia; mas as quadras são realmente fantásticas! Quem sabe, um dia a gente não acorda? :) Boa semana!
As quadras são mesmo actuais.
Talvez ainda mais do que no tempo em que o Poeta Aleixo as escreveu.
Um beijo, querida amiga Hélia.
Imparável, nas quadras!
Saudações poéticas!
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